18/06/2017

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ESTA SEMANA NA
"PAIS E FILHOS"

Prematuridade não afeta sucesso escolar

Quando um bebé nasce prematuro, uma das maiores preocupações é sobre se essa condição se irá refletir nas suas capacidades futuras, tanto físicas como académicas. 
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Recentemente, surgiram boas notícias no que respeita ao segundo campo: um grupo de cientistas norte-americanos garante que a esmagadora maioria das crianças nascidas antes das 37 semanas de gestação recuperam perfeitamente e são como todas as outras em ambiente escolar. E isso acontece logo desde o jardim-de-infância.

O estudo na base desta conclusão é inovador e de muito larga abrangência. A equipa da Northwestern University de Chicago seguiu mais de 1,3 milhões de crianças no Estado da Florida durante um período de dez anos, especificamente para determinar se a prematuridade teria algum efeito significativo no percurso escolar.
Os resultados são reveladores: mais de 60 por cento dos bebés nascidos entre as 23 e as 24 semanas – tidos como grandes prematuros – estavam preparados para entrar no jardim-de-infância na altura recomendada e destes cerca de dois por cento atingiram resultados de excelência. E embora neste início de percurso académico a maioria tivesse resultados mais baixos que a média nos testes normalizados, na altura do segundo ciclo, os mesmos alunos tinham recuperado totalmente e apresentavam notas idênticas à média de todas as outras crianças.
Quando o nascimento ocorre entre as 28 e as 36 semanas, as diferenças entre as crianças prematuras e os seus colegas são, de acordo com a equipa, “negligenciáveis”, ou seja, perto de inexistentes.
David Figlio, diretor do Instituto de Pesquisa da Northwestern University afirma, num artigo publicado no “JAMA Pediatrics”, que “apesar de muitas pessoas se preocuparem com as capacidades dos grandes prematuros, acredito que há muitas razões para otimismo. A maior parte destes bebés provam grandes capacidades cognitivas quando iniciam o seu percurso escolar e vão melhorando ao longo dos anos. O copo está, definitivamente, muito mais que meio cheio”.

* Para bem das crianças que não são  responsáveis do inesperado.

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